Operação "Final de Ano Mais Simples" - Parte I

Via Tiny White Daisies
Tem muita gente que não gosta desta época do ano que está chegando. Lá pela metade de setembro, quando as lojas mais precipitadas penduram os primeiros enfeites de Natal, o povo começa a se arrepiar: já é final de ano. E aí começa o estresse. Os motivos vão desde a sensação de volatilidade do tempo até a angústia dos prazos estrangulados. Por outro lado, o cansaço só piora quando lembramos de todos os eventos que deixaram de acontecer durante todo o ano e que se aglomeram num único mês; das compras e gastos que vão gerar um rombo no orçamento; da organização das festas e férias; daquela lista de pendências da casa que só foi crescendo. Pensando assim, é realmente muita coisa e a irritação é inevitável. Sobre as questões mais filosóficas, prefiro não me arriscar a dar pitacos. O que posso dizer é que acredito que existam meios alternativos de minimizar essa angústia e cansaço, e que essa época não precisa necessariamente ser assim ano após ano. 

Eu já me incomodei demais, gastei demais e briguei até. Sim, já cometi a besteira de fazer compras de Natal no dia 22 de dezembro, justamente no aniversário de um ano de namoro, e quase terminamos ali mesmo, diante da Renner! Já participei de muito amigo-secreto, gastei em presentes mais caros que o valor determinado e só ganhei tralha. Gastei muito com os outros e deixei de me presentear com algo especial. Xinguei no estacionamento do supermercado, quase na véspera do Natal, porque não tinha mais vaga. Reproduzi todo esse cenário horrível, com a desculpa de organizar uma festa harmoniosa em família! Quanto bom senso! Que coerência! Mas, felizmente, chegou o dia em que a ficha caiu e escolhi encarar o final de ano de um jeito mais simples e sincero comigo mesma. Desde então, optei por ficar com a parte boa dessa época (sim, é uma questão de escolha!) e curto bastante o que novembro e dezembro proporcionam. Essa é uma fórmula pessoal, claro, mas que compartilho na expectativa de que ela sirva, pelo menos, para instigar uma reflexão de como encarar essa fase de um jeito diferente. 

Para ficar mais objetivo, dividirei a minha reflexão por assunto. A cada semana, prometo trazer as minhas dicas pra tu chegar nas festas de final de ano animado e mais relax. Começo, então, pelo conceito-chave dessa função tudo: simplicidade. Já disse isso aqui e repito: comemoração em família/amigos com superprodução é cafona. Chega da história que, a cada ano, temos que comprar um look especial de Natal ou Réveillon, com brilhos e paetês, como as revistas femininas tentam nos convencer. Penteado e maquiagem de festa? Salto agulha? No way! Natal a gente passa com quem é próximo, na nossa casa ou numa residência conhecida, então o dress code é muito simples: a roupa certa é aquela que te deixa alegre, leve e à vontade. A dica vale especialmente para a anfitriã. O mesmo princípio serve para a organização das festas, os presentes, o cardápio. A senha é eliminar o supérfluo para ficar com o que realmente vale. Se a simplicidade, a autenticidade e o carinho conduzirem o teu pensamento, tenho certeza de que esse período será muito mais agradável e, na hora do merecido descanso, tu não vai estar no desgaste total. 

Seguindo o raciocínio, outra atitude que considero essencial é a realização de uma triagem nos compromissos típicos da época, nos colocando, pelo menos agora, em primeiro lugar. Vamos deixar, nem que seja nessa reta final, de agradar a todos e esquecer da gente. Já passamos um ano inteiro tentando agradar, nos afirmar diante dos outros, ser amigos e, com isso, ingerimos muitos sapos. Vejam que não estou dizendo para perder a gentileza, mas para te destralhar daqueles eventos chatos, das pessoas que tu teve que aturar o ano todo e dos códigos de etiqueta só para ser simpático. Eu, por exemplo, não gosto de amigo-secreto. Acho fake e "atulhante". Depois de muita luta, eliminei TODOS da minha vida e já avisei os amigos e familiares. Formaturas? Só vou na recepção e só de pessoas muito especiais. A cerimônia de colação de grau é para os familiares mais próximos do formando. É um momento deles. Festinhas de final de ano? Só participo daquelas em que as pessoas são mais importantes para mim, assim me sobra mais tempo para curtir quem realmente me importa. Pode soar antipático da minha parte, mas essas atitudes permitiram que eu qualificasse mais o meu tempo livre justamente quando mais preciso dele. A energia que gastaria tentando ser querida com todos eu consigo canalizar para o que realmente é valioso para mim.  Simples assim.
Via Tiny White Daisies

Comentários

Pati Benvenuti disse…
"Chega da história que, a cada ano, temos que comprar um look especial de Natal ou Réveillon, com brilhos e paetês, como as revistas femininas tentam nos convencer. Penteado e maquiagem de festa? Salto agulha? No way!"

Nossa, tu resumiu aqui a pauta do Jornal Hoje ano após ano! É 2013 e o pessoal que faz esse tipo de programa ainda não se deu conta que a gente não vive em novela!! Temos vida real!

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