Operação "Final de Ano Mais Simples" - Parte II: a saga dos presentes

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Conforme eu havia prometido, dou sequência à operação Final de Ano Mais Simples. Escrevo hoje sobre um dos itens mais estressantes e dispendiosos desta temporada: os presentes. Independentemente se a pessoa comemora o Natal ou não, o fim do ano sempre demanda gastos extras em lembranças, seja para os formandos da época, amigos, parentes ou outras pessoas que te acompanharam ao longo do ano. Isso sem falar no Natal propriamente, nos aniversários e eventos do trabalho. 

Este é, para mim, um dos grandes geradores do tormento de dezembro. Atrapalha as finanças, desvia o foco do nosso bem-estar, estimula idas aos shoppings/supermercados lotadíssimos, absorve um tempo precioso, além de entupir a casa de bugigangas. Ficamos irritados. Tudo isso com o propósito de agradar os outros, o que algumas vezes se transforma em uma grande frustração, quando o presenteado não aprecia o regalo.

Antes de qualquer conclusão, vou me adiantando: não sou contra presentear as pessoas queridas ou tão egoísta a ponto de gastar tudo apenas comigo. Acredito que a felicidade está tanto ou mais em quem oferece o presente. Meu ranço é com o consumo desenfreado e impulsivo, como forma de suprir frustrações da vida que escolhemos ter. Me incomodam as promoções que nos fazem de idiota, e como esta época está repleta disso! Me afeta profundamente essa mania de ter, ter e ter. Preciso comentar também sobre aquela incomodação que é a troca dos presentes no dia 26 de dezembro?

Como fugir disso é praticamente impossível, minha sugestão é planejamento. Pode parecer óbvio, não temos o hábito de planejar. Te organizar desde já ajuda muito, tanto na questão financeira quanto no aproveitamento inteligente do tempo. A certeza de ter feito a escolha certa virá quando vermos todo mundo louco, correndo desesperadamente para fazer compras, enquanto aproveitamos os finais de tarde de dezembro para fazer o que mais gostamos. Recomendo.
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Além do planejamento, não podemos nunca nos esquecer daquele conceito-chave do post anterior: a simplicidade é o caminho! Existem, sim, outras formas de presentear e demonstrar o sentimento sem que seja com mais tralha cara! Acredito que o melhor caminho para nos sentirmos mais felizes, gastarmos menos, curtimos mais o tempo livre e reduzirmos o consumo sem sentido está no poder da criação, ou seja, nos projetos DIY (faça-você-mesmo). Não entendam como ponto-cruz, bonecas de garrafa PET ou algo do gênero. Há um universo infinito de presentes que podemos realizar com criatividade, presentes nada caros, mas com muito valor. É maravilhoso para quem cria, e a pessoa que recebe se sente mais especial. Algumas ideias pra vocês:
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Tu não precisa necessariamente criar os produtos, mas reuni-los de um jeito criativo numa embalagem especial já é um grande passo. A moda agora não são os tais "combos"? Então cria um combo único para quem tu quer fazer feliz! Uma ideia são as cestas repletas de guloseimas ou produtos bem do gosto do presenteado. Pode ser um kit com itens para um café-da-manhã especial, ou com produtos naturais, ou queijos e vinhos. As combinações são infinitas e os alimentos podem ser adquiridos no mercado da cidade, numa feira, em empórios ou confeitarias. Não vale comprar aquelas cestas já montadas! A proposta é pensar na pessoa que irá receber e no que ela mais aprecia. Ah, pode ser uma cesta cultural também, com um livro, um DVD, ingressos para o cinema, um vinho e outras coisas que a pessoa curte. Ou um "combo zen", com uns chás bacanas, aromas para casa. Gosto muito também de dar voucher de restaurantes especiais. Alguns estabelecimentos têm valores determinados. Em outros, tu monta um jantar ao gosto dos sortudos e dá o cheque-presente. Essa sugestão é infalível! Bem, eu poderia ficar horas aqui sugerindo outras ideias, mas acho que já deu para entender a proposta, né?

Geralmente, presentes "de comer" fazem muito sucesso. Além dos clássicos cupcakes e biscoitos decorados, tu pode fazer trufas em casa, pastas para petiscos, compotas e outras especiarias. O livro Presentes Deliciosos (Jess McCloskey, ed. Marco Zero) é um tesouro. Tem muitas dicas legais com as receitas, além de ensinar a criar as embalagens. Para quem gosta da cozinha, é uma sugestão imperdível. No ano passado, presenteei os familiares com massa feita em casa, como esta sugestão da Martha Stewart:
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Outro caminho para desafogar dezembro é para quem tem alguma viagem programada para as próximas semanas. Tirando os artigos perecíveis, é uma excelente oportunidade para adquirir lembranças diferenciadas, às vezes com um preço razoável e com uma boa antecedência. Eles vão ficar um tempinho guardados no armário, mas vão aliviar demais a correria no futuro. 

Por fim, deixo a sugestão de explorarem mais os mercados, armazéns e lojas de rua da tua cidade. Lojas de bairro costumam vender tesouros, objetos originais, especialidades. Além de nos estimularem a dar um passeio ao ar livre. E não esqueçam do detalhe do cartãozinho!
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Comentários

Pati Benvenuti disse…
Estou EXATAMENTE nessa pegada. Só de pensar em loja abarrotada e no tralhamento que isso causa já me dá desânimo. Esse ano eu mesma vou fazer os presentes de Natal. Vai ser uma misturinha de tudo que tu escreveu, quando estiver com a ideia mais definida te conto!

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