Reis, conquistas, arroz-doce e chocolate: como o açúcar mudou a História.



Sou do time que ama livros. Gosto daqueles que nos transportam para longe e que não nos soltam mais. Sou fã também (é claro!) dos de gastronomia, que sempre me encantaram pelas belas imagens. Tem os de fotografia, de moda, de arte. Enfim, as prateleiras estão lotadas.

De dentro deste universo incrível, volta e meia surgem preciosidades como o Mil-folhas - História Ilustrada do Doce, da jornalista e tradutora Lucrecia Zappi (Cosac Naify, 2010). Oficialmente, é para ser um livro infanto-juvenil, mas não resisti. De vez em quando, capturo ele e dou uma espiada. Não é um livro de receitas, mas trata disso também. Não fala somente de História, mas poderia ser incluído nessa categoria. Poderia estar, tranquilamente, no meio das fábulas infantis. 

Com ilustrações belíssimas, Lucrecia reconta a história dos doces, fazendo um paralelo com a trajetória de importantes civilizações e sociedades. É, na verdade, um livro para os curiosos. O que os famosos biscoitinhos da sorte têm a ver com a guerra na China, entre os mongóis e a dinastia Ming? E qual a relação entre os deliciosos alfajores argentinos com a cultura árabe? E o que têm a ver as freiras dos conventos portugueses com os famosos doces à base de ovos?

Chocolate, pão-de-ló, reis, soldados, pudins, chantili. Percorrer este caminho de encanto é se surpreender com a dimensão da influência do doce em tantas e tão distintas culturas. Se, hoje, o açúcar é visto como um grande vilão, com Mil-folhas a gente aprende que ele é um dos grandes protagonistas que mudaram os rumos da História. 

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